quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Miguel Torga - Nirvana


Gerês, 1 de Agosto de 1953.

Paz nas montanhas, meu alívio certo.
O girassol do mundo, aberto,
E o coração, a vê-lo, sossegado.
Fresco e purificado,
O ar que respira.
Os acordes da lira
Audíveis no silêncio do cenário.
A bem-aventurança sem mentira:
Asas nos pés e o céu desnecessário.

Diario VII

1 comentário:

Anónimo disse...

Linda, sem palavras para qualificar a obra de Miguel Torga…
Em cada uma delas há episódios, um momento das nossas vidas que vivemos intensamente como sendo o último e com o encantamento do primeiro.
A liberdade quer-se tão livre e liberta o próprio sentir, de sentir-se livre…

Um xi coração para ti
Manela