20-09-09, Já há muito que não vinha a montanha, as viagens profissionais tomaram me o mês todo de Setembro. Entre uma vinda de Itália e uma ida a França, arranjei tempo para matar saudades.
Cheguei no Domingo de madrugada, já muito cansada… Fiquei a manha toda a descansar mas a montanha chamava por mim e sua voz era irresistível. Ainda desafiei um ou outro companheiro de montanha, mas nada… outros compromissos.
Não pensei duas vezes, peguei na minha mochila, “minha querida mochila”. Calcei as minhas botas, “minhas queridas botas” e toca a andar. Não tinha muito tempo para caminhar, já era tarde. Cheguei ao destino para começar a caminhar já eram 16h00. Resolvi subir até a Torre de Vigia, dali podia ver a minhas montanhas, podia matar as saudades, podia te ver, podia sentir te, podia cheirar te, até podia ouvir o teu grito de dor e te dar algum consolo. O sentimento que nutro por ti é grandioso e o bem que te quero é infinito. Dali sabia que podia ter mais ou menos a visão de um local que tem vindo a ocupar o meu pensamento nestes últimos tempos… Tenho de ir lã… tenho de o sentir… uma noite… magica…
Enquanto ia subindo, erguia se a minha frente o majestoso vale do Rio Homem. Esplêndido visto daquele ângulo, muito diferente.
Chegando a Torre de Vigia a paisagem de 360 graus é fantástica. A Albufeira de Vilarinho da Furna estendia se a minha frente como se fosso um tapete azul aos pés do leito conjugal. AS antenas da Louriça imponham a sua presença, Pé de Cabril apreciava lá do alto cada movimento meu. O Mouro reclamava a minha presença já há muito que não o visito. Pé de Medela, altivo, tinha sido o último a ter o privilégio de minha presença. O Alto de Alba não se fez de rogado e também ele impôs a sua beleza, elegância o seu charme… o convite de um belo nascer do dia… nos seus braços… Não via, mas sabia, conhecia todas as silhuetas, contornos dos Prados alem daquele alto, já não precisava de ver, já sabia que ele estava lá. O Cabeço de Cantarelo assinalava, e dizia me a viva voz que tinha de ir lá, algo de muito forte me diz já há algum tempo que tenho de ir aquele prado, tenho de o conhecer, tenho de o sentir, tenho de o abraçar, tenho de sentir os seus lábios a tocar nos meus, tenho de ouvir a sua voz, o seu sussurrar… o seu corpo bem perto do meu… e para completar o cenário o Vale do Rio Homem se abria a minha frente… uma porta se abrindo a aprovação divina.
Fiquei ali silenciosa a apreciar te. O guarda que ali se encontrava provavelmente achou estranho alguém ficar ali tanto tempo em silêncio mas respeitou. Afinal ele também ficava ali dias em silêncio.
Regressei com o sabor amargo de quem não usufruiu o suficiente… de quem não matou a fome nem saciou a cedo… de quem olhou mas não viu… de quem escutou mas não ouviu… de quem cheirou mas não identificou… de quem provou mas não saboreou… Mais 15 dias e só depois é que volto… mas volto… volto sempre ao meu porto seguro…
Cheguei no Domingo de madrugada, já muito cansada… Fiquei a manha toda a descansar mas a montanha chamava por mim e sua voz era irresistível. Ainda desafiei um ou outro companheiro de montanha, mas nada… outros compromissos.
Não pensei duas vezes, peguei na minha mochila, “minha querida mochila”. Calcei as minhas botas, “minhas queridas botas” e toca a andar. Não tinha muito tempo para caminhar, já era tarde. Cheguei ao destino para começar a caminhar já eram 16h00. Resolvi subir até a Torre de Vigia, dali podia ver a minhas montanhas, podia matar as saudades, podia te ver, podia sentir te, podia cheirar te, até podia ouvir o teu grito de dor e te dar algum consolo. O sentimento que nutro por ti é grandioso e o bem que te quero é infinito. Dali sabia que podia ter mais ou menos a visão de um local que tem vindo a ocupar o meu pensamento nestes últimos tempos… Tenho de ir lã… tenho de o sentir… uma noite… magica…
Enquanto ia subindo, erguia se a minha frente o majestoso vale do Rio Homem. Esplêndido visto daquele ângulo, muito diferente.
Chegando a Torre de Vigia a paisagem de 360 graus é fantástica. A Albufeira de Vilarinho da Furna estendia se a minha frente como se fosso um tapete azul aos pés do leito conjugal. AS antenas da Louriça imponham a sua presença, Pé de Cabril apreciava lá do alto cada movimento meu. O Mouro reclamava a minha presença já há muito que não o visito. Pé de Medela, altivo, tinha sido o último a ter o privilégio de minha presença. O Alto de Alba não se fez de rogado e também ele impôs a sua beleza, elegância o seu charme… o convite de um belo nascer do dia… nos seus braços… Não via, mas sabia, conhecia todas as silhuetas, contornos dos Prados alem daquele alto, já não precisava de ver, já sabia que ele estava lá. O Cabeço de Cantarelo assinalava, e dizia me a viva voz que tinha de ir lá, algo de muito forte me diz já há algum tempo que tenho de ir aquele prado, tenho de o conhecer, tenho de o sentir, tenho de o abraçar, tenho de sentir os seus lábios a tocar nos meus, tenho de ouvir a sua voz, o seu sussurrar… o seu corpo bem perto do meu… e para completar o cenário o Vale do Rio Homem se abria a minha frente… uma porta se abrindo a aprovação divina.
Fiquei ali silenciosa a apreciar te. O guarda que ali se encontrava provavelmente achou estranho alguém ficar ali tanto tempo em silêncio mas respeitou. Afinal ele também ficava ali dias em silêncio.
Regressei com o sabor amargo de quem não usufruiu o suficiente… de quem não matou a fome nem saciou a cedo… de quem olhou mas não viu… de quem escutou mas não ouviu… de quem cheirou mas não identificou… de quem provou mas não saboreou… Mais 15 dias e só depois é que volto… mas volto… volto sempre ao meu porto seguro…
3 comentários:
Excelentes paisagens
Parabéns pelas fotos
Boas caminhadas
bj aqui do Barroso
Miguel
Muito boas as tuas fotos, gostei. Bjs
Fernando,
Muito obrigada pelo comentario mas as minhas fotos sao meros registos d'aquilo que os meus olhos vêm....
As tuas sim são obras de arte :)
Saudações montanheiras
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