sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

15-12-12 Caminhada de Natal com o VamosAli


Canção da América

Amigo é coisa para se guardar
Debaixo de sete chaves
Dentro do coração
Assim falava a canção que na América ouvi
Mas quem cantava chorou
Ao ver o seu amigo partir
Mas quem ficou, no pensamento voou
Com seu canto que o outro lembrou
E quem voou, no pensamento ficou
Com a lembrança que o outro cantou
Amigo é coisa para se guardar
No lado esquerdo do peito
Mesmo que o tempo e a distância digam "não"
Mesmo esquecendo a canção
O que importa é ouvir
A voz que vem do coração
Pois seja o que vier, venha o que vier
Qualquer dia, amigo, eu volto
A te encontrar
Qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar.

Milton Nascimento


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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

08-12-12 Tribela - Alto do Coucão - Cando - Arrocela - Tribela

Se você é...

Se você é um vencedor,
terá alguns falsos amigos
e alguns amigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.

Se você é honesto e franco,
as pessoas podem enganá-lo
Seja honesto e franco assim mesmo.

O que você levou anos para construir
Alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.

Se você tem paz e é feliz,
As pessoas podem sentir inveja.
Seja feliz assim mesmo.

Dê ao mundo o melhor de você,
mas isso pode nunca ser o bastante.
Dê o melhor de você assim mesmo.

Seja você que, no final de tudo
Será você ... e Deus.

E não você ... e as pessoas!
"Madre Tereza de Calcutá"
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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

30 . 01 e 02-12-12 Formação de Progressão em Arestas na Peña Ubiña com os Espaços Naturais


Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida...

Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:

"Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de desportos".

No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de desportos era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:

- Quem será que estava atrapalhando o meu progresso?
- Ainda bem que esse infeliz morreu!

Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.

A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"?

No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA."

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos e seus actos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença. A vida muda, quando "você muda".
 

"Luís Fernando Veríssimo"

E para além de muita coisa que aprendi a nível de montanhas  esta é uma grande lição que tiro desse maravilhoso fim de semana.

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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

17 e 18-11-12 Escalada no Canhão do Vale de Pois



A escalada da vida deve ser feita com passos pensados e medidos.
Assim quando olharmos para trás teremos a certeza de ter escalado com sucesso uma grande montanha com toda a segurança...


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L'automne de ma vie...


C’est l’automne de ma vie, tu t’habilles de rouge, or et feu… Et me séduit plus que jamais….

Et impatiemment j’attends…

J’attends tes doux draps de soie blanche, la douceur froide de ta peau sur la mienne qui s’échauffe mutuellement…

Et j’attends…

J’hiberne les sentiments, comme si la mort et le deuil fussent nécessaire que pour renaitre au printemps…
Renaitre pour un nouveau soleil, une nouvelle vie et ton amour…

Et j’attends… j’attends…

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

03/04-11-12 - Fafião - Lagoa Do Marinho - Alto do Chamiçais - Lamas do Homem - Borrageiro - Porta Ruivas - Curral da Palma - Fafião


A MONTANHA DA VIDA

A vida de cada um de nós pode ser comparada à conquista de uma montanha. Assim como a vida, ela possui altos e baixos. Para ser conquistada, deve merecer detalhada observação, a fim de que a chegada ao topo se dê com sucesso.

Todo alpinista sabe que deve ter equipamento apropriado. Quanto mais alta a montanha, maiores os cuidados e mais detalhados os preparativos.

No momento da escalada, o início parece ser fácil. Quanto mais subimos, mais árduo vai se tornando o caminho.

Chegando a uma primeira etapa, necessitamos de toda a força para prosseguir. O importante é perseguir o ideal: chegar ao topo.

À medida que subimos, o panorama que se descortina é maravilhoso. As paisagens se desdobram à vista, mostrando-nos o verde intenso das árvores, as rochas pontiagudas desafiando o céu. Lá em baixo, as casas dos homens tão pequenas


É dali, do alto, que percebemos que os nossos problemas, aqueles que já foram superados, são do tamanho daquelas casinhas.

Pode acontecer que um pequeno descuido nos faça perder o equilíbrio e rolamos montanha abaixo. Batemos com violência em algum arbusto e podemos ficar presos na frincha de uma pedra.

É aí que precisamos de um amigo para nos auxiliar. Podemos estar machucados, feridos ao ponto de não conseguir, por nós mesmos, sair do lugar. O amigo vem e nos cura os ferimentos.

Estende-nos as mãos, puxa-nos e nos auxilia a recomeçar a escalada. Os pés e as mãos vão se firmando, a corda nos prende ao amigo que nos puxa para a subida.

Na longa jornada, os espaços acima vão sendo conquistados dia a dia.

Por vezes, o ar parece tão rarefeito que sentimos dificuldade para respirar. O que nos salva é o equipamento certo para este momento.

Depois vêm as tempestades de neve, os ventos gélidos que são os problemas e as dificuldades que ainda não superamos.

Se escorregamos numa ladeira de incertezas, podemos usar as nossas habilidades para parar e voltar de novo. Se caímos num buraco de falsidade de alguém que estava coberto de neve, sabemos a técnica para nos levantar sem torcer o pé e sem machucar quem esteja por perto.

Para a escalada da montanha da vida, é preciso aprender a subir e descer, cair e levantar, mas voltar sempre com a mesma coragem.

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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

05,06 e 07-10-12 La Frageneda ao Pocinho


As pessoas que são felizes sozinhas tem mais hipóteses de ser felizes com os outros!

No mundo moderno, a liberdade é a nossa condição existencial básica  Quem não souber gozar essa liberdade e aprender a viver consigo mesmo e para si mesmo, não será capaz de encontrar o amor e a felicidade juntos dos outros...

"Osho"

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quarta-feira, 3 de outubro de 2012

28 e 29-09-13 Porta Ruivas



"Meu eterno Guardião"


Voltei lá… o sol radiava…

Seria capaz de reconhecer cada pedra, cada corga, cada cume de teu corpo…
O teu sorriso em cada cumeada, iluminava meu rosto… 
Senti o teu abraço em cada cume e teus beijos em cada prado…
E no local habitual, o fogo crepitava tanta era a alegria de minha presença…
Os últimos raios do sol, aqueciam meu corpo e a brisa que se fazia sentir, me abraçava loucamente… Sinto me sempre tão segura nos teus braço… Nos braços do meu eterno “Guardião”…



White Angel




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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Picos de Europa 2012


No alto da Torre da Palanca 2,614 mts



Um dia a gente aprende que...



Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.

E você aprende que amar não significa apoiar-se, q companhia nem sempre significa segurança, e começa a aprender que beijos ñ são contratos, e que presentes ñ são promessas.

Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, c/ a graça de um adulto e ñ c/ a tristeza de uma criança; aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo, e aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... Aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. 
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais, e descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida; aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias, e o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida, e que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que eles mudam; percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve compará-los com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde se está indo, mas se você não sabe para onde está indo qualquer lugar serve.
Aprende que ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se; aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou;
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha; aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens; poucas coisas são tão humilhantes... e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando se está com raiva se tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém; algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. 
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás, portanto, plante seu jardim e decore sua alma ao invés de esperar que alguém lhe traga flores, e você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
Descobre que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.





Deus sabe quantas vezes tentei... e voltarei  a tentar...



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domingo, 16 de setembro de 2012

Pirenéus 2012



"Não dá para ocultar,
Algo preso quer sair do meu olhar,
Atravessar montanhas e te alcançar.
Tocar o seu olhar...
Te fazer me enxergar e se enxergar em mim
Aqui"
Ana Carolina

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terça-feira, 26 de junho de 2012

16 e 17-06-12 Autonomia na Serra da Estrela - Covão D'Ametade




Cor de granito
ou cor de xisto
verde de prado
de mato ou de arvoredo
amarelo de centeio
a policromia
das flores silvestres
ou das folhas no Outono
azul de céu
branco de neve
cinza de bruma
ou translúcido de água
a claridade dos cimos
e o escuro dos covões
Cores de vida
tantas estrelas
quantas as estações
e afinal
uma só Estrela...
“Pedro C. Henriques”

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sexta-feira, 22 de junho de 2012

07 a 10-06-12 Picos Da Europa com o Vamos Ali - Terceiro e quarto dia!

Urriellu - Jou Sin Tierra - Jou Los Boches - Horcados Rojos - Cabana Veronica - El Cable - Fuente Dé - Arenas - Cangas de Onis - Covadonga - Lago Enol - Lago Ercina.

O Tempestade

No dia seguinte, dia 09 de Junho acordei em plenos Picos ao lado do homem que eu amo e que me ama, achei fantástico, soberbo, sublime a partilha daquela minha felicidade. Levantamo-nos, tomamos o pequeno-almoço, umas fotos dali e dacolá e cantamos os parabéns ao Tempestade que celebrava mais uma primavera e desta vez em plena montanha… Esplêndido!!! Colocamos as mochilas nas costas e fomos em direcção ao Jou Sin Tierra pela garganta com o mesmo nome… Fui ficando para trás com o libelinha e com o Galga Montanha, as fotos tomam-me muito tempo…lol. Estava radiante, caminhar com o Libelinha com quem tanto sonhei e com o meu grande mestre o Galga montanhas com quem já havia caminhado nos Picos também, era fabuloso… Fui apreciando a montanha, os meus companheiros, fui conversando com ela, sentia protectora… Sentia que embora as condições climatéricas não fossem as melhores, a montanha estava a receber-nos de braços abertos, sentia que ali estávamos bem… Sentia uma presença estranha como se alguém estivesse ali a aprovar e abençoar a nossa caminhada a nossa presença… Como se naquele momento nós fizéssemos, todos nós parte de um todo em harmonia… Entramos para o Jou de los Boches e claro a passar a Garganta o vento levantou se, fez se sentir presente. Não receei, é normal em quase todas as gargantas, correntes de ar que passam de um corredor para o outro, nada de alarmante…


No Jou de los Boches, já conseguíamos ver os Horcados Rojos que eu ambicionava passar já há alguns anos. As duas vezes que tentei, tive de voltar para trás porque as correntes estavam submersas na neve. Embora um casal amigo nosso, que esteve naquele sitio na semana anterior, nos aconselhasse a ir pelos Los Urriellus, mais longo mas mais fácil. O Águia depois de consultar o pessoal, resolvemos atacar os Horcados. As correntes estavam a vista, só mesmo um neveiro da recta final poderia atrapalhar um pouco. Como estávamos com pessoas minimamente experientes e tínhamos material para fazer a travessia, lá fomos nós… Eu nem reclamei queria muito passar os Horcados, um sonho de longa data. Lá começamos a nossa ascensão, uns atrás dos outros com as distâncias mínimas de segurança…
Eu ia subindo entre o Tempestade (o meu eterno Cavalheiro das Montanhas) e o Libelinha (o homem por quem eu suspiro) ia pensando na quantidade de vezes que eu sonhei em caminhar, escalar com alguém com quem pudesse partilhar de uma forma especial estas emoções todas. Agradeci a montanha, sentia o seu sorriso de felicidade por mim e por ele, olhei para o Libelinha que se encontrava mais a baixo, dei-lhe o meu sorriso mais belo e as lágrimas inundaram o meu rosto… O Tempestade olhou para mim com um ar assustador, “tas bem miúda” diz ele… e eu ria e chorava em simultâneo… não foi fácil convencê-lo de que estava extremamente feliz… Que aquelas lágrimas era  a expressão de uma felicidade extrema como se perguntasse a montanha se era realmente merecedora da tanta felicidade, e ela respondia-me que sim…

“Que os caminho mais árduos eram repletos de pedras, desníveis íngremes e de algum espírito de sacrifício, mas a recompensa quando se chega ao cimo é delirante e esplêndida” Eu estava finalmente no meu verdadeiro sentido de plenitude e o Libelinha estava ali comigo…. Esperei que ele chegasse até mim para o brindar com um beijo e um abraço… E continuamos.


Chegando ao neveiro, sem crampões (só alguns tinham), o águia resolveu ir a frente e fazer uns socalcos na neve para que toda a gente passasse em segurança… Nesse entretanto e como já é normal nessa pendentes, o vente fez se sentir, e eu senti que estava na hora de começar a descer, quase que como se a montanha nos dissesse, “meninos tem de começar a descer, não sou má mas por favor respeitinho, sim!!!” E estávamos mesmo a começar a descida para a cabana Verónica. Voltei a abraçar o José o guarda do refugio com o qual tirei mais uma vez uma bela foto, muito bom revê-lo! Descemos até ao El Cable sempre debaixo de uma chuva miudinha , tomamos algo de quente e fomos para o Parque de campismo de Arenas de Cabral.

Como era o aniversário do Tempestade, fomos fazer compras e resolvi brinda-lo com um belo dum coucous magrebino feito por mim pois sabíamos que ele gosta muito. Já tinha tudo combinado com o Águia para trazer uma panela bem grande para poder cozinhar para 10 montanheiros… Não faltou comida, bebida, bom ambiente, boa disposição enfim uma actividade em grande. Mas antes de nos recolhermos ainda fomos desgastar o nosso manjar numa bela passeata pelas ruas de Arenas…
Na tenda enorme que eu tinha levado, conseguiram dormir 8 montanheiros, fantástico eu dormi que nem um anjinho ao lado do Libelinha, se alguém ressonou ou roncou, sou sincera não ouvi nada.

No dia seguinte arrumamos, tomamos o nosso pequeno-almoço e fomos fazer turismo para Cangas de Onis e Covadonga, lindíssimos.
Mas antes de regressar ainda fomos fazer uma pequena caminhada de meia dúzia de quilómetros para os lagos de Covadonga, o Lago Enol e o Lago Ercina.


Aí, despedimo-nos do Tempestade, o Barba de milho e a Soneca que ficavam por mais dois dias e nós regressamos a Portugal encantados pelas montanhas, felizes da vida e eu cada vez mais encantada com o Libelinha e pela paixão comum que temos pelas montanhas, a vida e a Aventura….



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segunda-feira, 18 de junho de 2012

07 a 10-06-12 Picos Da Europa com o Vamos Ali - primeiro e segundo dia!


Fuente Dé - El Cable - Aliva - Llomba del Touro - Vegas del Toro de Sotres - Sotre - Pandébano - Refugio da Terenosa - Urriellu



Tudo começou com um livro jogado na mesa de minha cozinha. Livro que o Libelinha me aconselhou a ler… Nunca desista dos seus sonhos. 
“Uma mente saudável deveria ser uma fábrica de Sonhos” 
de Augusto Cury. 




Ainda não comecei a ler mas o titulo fazia todo o sentido de tudo o que me esta a acontecer… Durante a viagem até aos Picos fui pensando algumas vezes nessa mente saudável que de certeza eu devia ter, afinal sempre fui uma sonhadora romântica. Esta atividade tinha um gostinho especial, sentia a realização de mais um sonho… Um grande sonho…
Partimos na quinta-feira de madrugada em direção a Fuente Dé. Chegando lá, o Tempestade e o Barba de Milho já esperavam por nós. Beijos e abraços e já estávamos todos reunidos os 10 magníficos desta atividade, o Libelinha, o Nevão, o Aguia Real, o Galga Montanhas, O Rocas, a Liberdade, a Soneca, o Tempestade, o Barba de milho e eu a White Angel.
O Nevão, a Soneca, a Liberdade e eu íamos fazer um percurso diferentes dos nossos companheiros, nos primeiros dois dias, mas no final do segundo já nos encontrávamos no mesmo refúgio, e assim foi nossos colegas foram em direção ao Refugio do Jermoso e nós em direção ao Refugio de Aliva. Confesso que ir para os Picos da Europa e ter de me separar do Libelinha quando sonhei uma vida inteira com este momento, não foi fácil. Mas eu não podia, não tenho esse direito de o impedir de voar tão alto quanto ele quer. Eu tinha de guiar um grupo e ele aspirava ver muito mais e sentir emoções bem mais fascinantes do que o percurso que eu ia fazer… E foi com um sentimento de encanto e alegria por saber que ele ia delirar com as paisagens deslumbrantes que ele ia encontrar pelo caminho, à mistura com um aperto no coração por não partilhar essas mesmas emoções ao lado dele. Meu consolo foi que mesmo naquelas montanhas eu senti a aprovação da mãe natureza, e eu sabia que era uma questão de tempo. Os Picos  também nos reservava dois dias e meio juntos.
Subimos até ao El Cable pelo teleférico enquanto os nossos companheiros seguiram a pé até ao Jermoso. Fomos caminhando lentamente sem grandes pressas, tínhamos muito tempo até ao refúgio de Aliva, onde descansamos, almoçamos e continuamos caminho… Descemos La Lomba del Touro rodeados de paisagens paradisíacas e fomos caminhando ao longo do vale do Rio Duje até Las Vegas del Toro de Sotre onde paramos para descansar e até houve quem conseguisses fazer uma soneca enquanto outros retemperavam forças… Pensava muitas vezes no Libelinha, como ele estava, o que ele estaria a sentir, provavelmente estaria feliz e radiante perante aquelas montanhas. Só podia estar, eu sentia que ele estava bem, quase que conseguia sentir o delírio dele, quase que conseguia ouvir suas gargalhadas de felicidades e louvores a vida que lhe estava a correr nas veias. Embora não estivesse junto a ele, sabia, sentia que ele estava tão feliz quanto eu… Rapidamente, chegamos a Invernal do Texu onde começamos a parte mais penosa para mim, subir pela estrada até Sotres com umas botas semi-rígidas, quase que me davam cabo dos calcanhares. Instalamo-nos no albergue de Peña Castil, tomamos um bom banho, comemos e bebemos um bom vinho, e fomos nos deitar com o corpo maçado e cansado mas a alma mais leve do que nunca… Antes de adormecer, ainda fiz um ultimo pedido, e pedi a minha alma que durante meu sono voasse até meu amor e me deixasse dormir ao lado dele no seio de nossas montanhas.
No dia seguinte acordei fresquinha, com uma vontade louca de chegar ao Urriello e ir ao encontro de meus colegas, o Águia Real que estava a guiar a atividade tinha-me dito por onde iriam chegar, podendo assim ir ao encontro deles. Levantamo-nos todos, preparamos nossas coisas, tomamos um pequeno-almoço fantástico e la fomos nós até a Invernal do Texu para depois seguir até Pandébano. Fizemos a subida pelo trilho pedestre evitando assim o estradão, por entre uma pequena floresta lindíssima. Em Pandébano reunimos todos e fomos até ao refúgio de la Terenosa onde o Nevão se deliciou com um bom café e nós ficamos a apreciar a paisagem saboreando uma peça de fruta ou mesmo um chocolate. Continuamos a nossa ascensão até ao Urriellu cada um a seu ritmo e apreciando as paisagens conforme elas nos iam surgindo… Pensei e recordei muitas vezes, as vezes que por ali passei umas vezes só, outras vezes acompanhada. Recordei aquela minha primeira vez em que parte do caminho, fiz sozinha porque o ritmo de meus companheiros da altura era bem mais rápido do que o meu… Engraçado, grande parte desses meus companheiros de há 4 anos atrás são os mesmos que se encontravam ali. Tanta coisa que eu queria viver e partilhar com o Libelinha e quanto mais eu pensava mais rápido queria la chegar, até parece que ganhava força nas pernas para chegar mais rápido. Já quase a chegar ao Urriellu minhas colegas já não aguentavam mais e queriam comer. Paramos bastante tempo para comer e voltamos a meter pernas ao caminho. Como eu queria chegar ao Urriellu!!!
E finalmente, chegamos ao Urriellu, ainda era muito cedo. Fiquei muito feliz quando soube que um grupo de montanheiros guiados pelo Medronho, também estava lá. O Medronho também fazia parte desse grupo de montanheiros com quem subi pela primeira vez ao Urriellu. Não descalcei as botas, estava a fazer horas para poder ir até ao Diente de Urriellu mas o nevoeiro apoderou-se daquela zona e envolveu aquele sítio num manto branco que não conseguíamos ver um palmo a nossa frente. Impossível sair do refúgio, demasiado arriscado mas eu queria tanto ir esperar por eles… Sentia-me confiante, embora saiba que o nevoeiro é o inimigo numero um do montanheiro, tinha um “feeling” que tudo estava a correr bem e que mais minuto, menos minuto iriam entrar pela porta dentre, e foi quase assim. A Soneca que tinha ida a recepção e os viu, entrou na sale das refeições e disse-me que eles tinham chegado. Fui logo ao encontro deles, abracei longamente o Libelinha, tentei naquele abraço absorver todas as energias que ele trazia de lá de cima e poder dessa forma partilhar o que não pudemos partilhar pessoalmente… Recordo tão bem o brilho nos olhos dele… Em poucos segundos apercebi-me que ele vinha maravilhado de la de cima, vinha encantado quase que enfeitiçado pela montanha e gostei… Gostei de ver a felicidade estampada no rosto dele… Gostei de ver o seu sorriso, gostei de ver o quanto ele estava a vibrar com tantas emoções… Fiquei mesmo muito feliz por ter finalmente encontrado alguém como ele e soube naquele momento que eu teria de o apoiar e incentivar a seguir sempre seus sonhos e seu gosto pela vida e pela aventura… Soube naquele momento que voltaria a separar-me dele por mais doloroso que fosse para depois voltar a ler nos seus olhos, os versos mais belos sobre a felicidade, o encanto… e o êxtase que se sente perante o deslumbramento da montanha.



Matamos saudades uns dos outros, relatamos as peripécias de uns e dos outros. Como correram as coisas etc etc etc… Jantamos e fomos nos recolher. Adormeci nos braços do Libelinha como tantas vezes havia sonhado, num refúgio, no meio de estranhos e conhecidos, todos movidos pela mesma paixão e desta vez sentia-me duplamente protegida, duplamente amada, duplamente abençoada…

segunda-feira, 4 de junho de 2012

26-05-12 Pitões das Junias - Juriz - Castelo - Mata do Beredo -Rebolões - Pitões

O novo amanhecer...


Feridas silenciem-se e tristeza acalma-te.
O tempo do pranto e da loucura terminou.
O sol da manha esgueirou-se por trás dos picos montanhosos…

No vale da sujidade, enterrei dor….
E derramei lagrimas aos ventos do vazio….
E transformei a vida num instrumento musical.
Nele eu canto, na cumplicidade do tempo...

Derreti mágoa na beleza da existência….
Moldei o coração num oásis de canções,
Em luz e sombra, em fragrância e rosas,
Em amor e juventude, em esperança e compaixão…

Feridas silenciem-se e tristeza acalma-te.
O tempo do pranto e da loucura terminou.
O sol da manha esgueirou-se por trás dos picos montanhosos…

No interior do meu grande coração, um templo a beleza…
Vida construída por sonhos e imaginação…
Então humildemente recitei as orações,
Queimei o incenso, e acendi as velas.

A magia da vida é eterna e nunca morre,
Então porque lamentar a escuridão que se desvaneceria?
A manha vem, e as estações passam…
A primavera vira, quando outra cessa…

Feridas silenciem-se e tristeza acalma-te.
O tempo do pranto e da loucura terminou.
O sol da manha esgueirou-se por trás dos picos montanhosos…

Por trás da escuridão e do som da agua,
A primavera da vida e a manha convidaram-me…
Que belo apelo! O seu eco abalou o meu coração!
Não tenho porque ficar no topo dessas montanhas…

"Abu al-Qasim al-Shabi"

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sexta-feira, 1 de junho de 2012

01-06-2012 Dia Mundia da Criança

E para sinalizar este dia aqui vai algumas fotos de nossos grandes/pequenos Montanhistas…
Um feliz dia da Criança para todos..:)


 "De todos os presentes da natureza para a raça humana, o que é mais doce para o homem do que as crianças?"
(Ernest Hemingway)