sexta-feira, 18 de maio de 2012

Os Serranos: Subida da Vezeira Fafião 12-05-2012

Gente maravilhosa, desprovida de interesses a cuidar da nossa serra e a ajudar a dar continuidade a uma tradição ancestral.

Um bem-haja  AOS SERRANOS...:)

Os Serranos: Subida da Vezeira Fafião 12-05-2012:    Curral do Salgueiro, 1ª reunião  Portelo de Pousada  Pousad...

quarta-feira, 16 de maio de 2012

05 e 06-05-12 Fim de semana no Gerês com limpeza na cabana de Pinhô

A bondade em palavras cria confiança,
A bondade em pensamento cria profundidade,
A bondade em dadiva cria Amor...
Lao-Tsé

E foi assim que eu fui dar o meu contributo e cuidar da Cabana de Pinhô!


Voltei aos mesmos locais, décadas depois, anos depois. Desta vez com a bênção da montanha, limpamos a cabaninha, apanhamos lenha para os próximos montanheiros que ali virão.
Almoçamos com outros que por ali descansaram e conhecemos almas que tal como nós amam aquela montanha.
Paramos, abraçamos e apreciamos a lua… cheia… que exibia todo o seu esplendor.

E foi assim que passamos mais um fim-de-semana de bem-estar, paz e muito Amor dedicado…
Clicar na foto para ver o album

quarta-feira, 9 de maio de 2012

SUBIDA VEZEIRA DAS VACAS - FAFIÃO, 12 MAIO 12




Vai se realizar no próximo sabado,12 maio, pelas 07:00 horas a subida da 

vezeira das vacas. 

Vamos participar numa atividade secular levada a efeito pelos Vezeireiros 
das Vacas de Fafião, ainda em atividade. 

Participa na recuperação dos trilhos da Vezeira, Mariolas e limpeza 
das Cabanas.











Trás a "buxa" e a enxada. 












Fotos cedidas pelo Lino Pereira

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Plano de Ordenamento do PNPG - POPNPG

O actual Plano de Ordenamento do PNPG permite de certa forma o acesso a toda a área do nosso único Parque Nacional. O POPNPG estabelece 3 zonas dentro da área de ambiente natural, sendo uma área de protecção total, uma área de protecção par...cial tipo I, e uma área de protecção parcial tipo II.
Na área de protecção parcial tipo I pode-se caminhar sem solicitar qualquer autorização até grupos de 10 pessoas.
Na área de protecção parcial tipo II pode-se caminhar sem solicitar qualquer autorização, grupos de até 15 pessoas.
Na área de protecção total é necessária obrigatóriamente a autorização por parte do ICNB, IP / PNPG.
O pedido desta autorização na área de protecção total tem um custo de 152,00 €.
Quando existem grupos superiores a 10 pessoas na área de protecção parcial tipo I ou grupos superiores a 15 pessoas na área de protecção parcial tipo II, tem de ser solicitada autorização e logo esta está sujeita ao pagamento de 152,00 €. Mas atenção que o pedido pode ser recusado.
De forma a não sermos “apanhados” desprevenidos e sujeitos a elevadas multas, aqui fica o mapa com as áreas definidas.
Que podemos dizer? É o País que temos. Se até já temos que pagar para caminhar. Os médicos aconselham-nos a caminhar em zonas não poluídas e os governantes proíbem-nos, passando esta lei a ser um atentado contra a saúde e já agora, para quando uma taxa para pagar-mos em função da quantidade de ar que respiramos? Estas taxas são uma vergonha que já originou vários movimentos a nível nacional com o intuito de abolir esta “aberração” e ao qual o CMB se juntou. Todos temos que lutar pelo que é nosso por direito. É engraçado ouvir os nossos governantes falarem em “Democracia” quando nos querem privar do que é nosso por direito.
 
 
 

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Alto de Compadre - Alto do Bezarral - Corga da Abelheira - Curral da Teixeira na Lamalonga

Gerês / Montalegre





Gerês - Tradição da subida da «Vezeira» de Vilar da Veiga volta a cumprir- dia 12 e 13 de Maio 2012


A 12 e 13 de Maio cumpre-se a antiga tradição que leva o gado a rumar às pastagens mais altas da serra. A chamada «Vezeira» de Vilar da Veiga, prática em que os pastores guardam o gado bovino uns dos outros, e à vez, dura entre 15 de Maio e 15 de Setembro. O cortejo irá passar pelo centro da vila do Gerês.


No dia 12, o programa de festividades contempla uma caminhada para todos os que quiserem participar e está prevista uma visita aos currais, seguindo-se uma tertúlia sobre a «Vezeira» e um documentário, onde serão exibidas imagens desta tradição que data de 1802.
No dia 13, a partir das 9h30 são esperados na vila do Gerês centenas de visitantes para assistirem à passagem pelo centro da localidade do cortejo da «Vezeira» de Vilar da Veiga (freguesia do concelho de Terras de Bouro). A prática de guarda do gado nas pastagens mais altas inicia-se a 15 de Maio e termina a 15 de Setembro.
Entretanto, uma exposição de fotografias faz mostra da vida dos pastores no Gerês. Os dois dias de celebração incluem, ainda, uma mostra gastronómica onde o público poderá provar os melhores pratos regionais.
A animação irá contar com a actuação de grupos de cantares ao desafio e concertinas durante os dois dias do evento.
Recorde-se que a «Vezeira» é uma tradição antiga, uma prática comunitária que data do final do século XIX, e que se traduz em levar o gado à serra para lá ser apascentado, em currais, até Setembro.
O número de dias que o pastor fica no alto da serra de guarda depende do número de cabeças de gado que possua. Por cada dois bois, o pastor sabe que vai ficar um dia na serra. Quem tiver de ficar cinco dias, pode ficar três numa única ocasião e os restantes dois numa outra vez.
Esta iniciativa é organizada pela Associação Lírio do Gerês e conta com o apoio da autarquia de Terras de Bouro e dos restaurantes locais que aderiram ao certame.



terça-feira, 1 de maio de 2012

28-04-12 Cela - Biduiça - Nevosa - Garganta das Negras - Lamelas - Biduiça - Corga da Abelheira - Cela



Cela - Entre Caminhos - Biduiça - Fonte da Nenosa - Pico da Nevosa - Garganta das Negras - Currais das Negras - Currais de Lamelas de Baixo - Biduiça - Corga da Abelheira - Celas


Foto de António Cunha


Foto de Eles-Andam-Ai
Foto de António Cunha
Dia 28 de Abril, hoje vou começar o meu texto por dizer que “quem se quer bem sempre se encontra”. Pois após mais um convite do Grupo Eles-Andam-Ai ao qual tive de recusar porque já me tinha comprometido com outro grupo, não é que me encontro com eles na Montalegrense. Fantástico, embora nunca tivesse caminhado com eles, reconheci os logo. Foi muito agradável poder trocar algumas impressões com eles, sorrisos e abraços até uma foto para registar o momento… Seguimos, eu, o Libelinha, o Vítor, o Álvaro e a Cristina em direção as Cerdeirinhas onde o António nos esperava.
Chegando a Celas, inicio do nosso trilho, preparamos nos e toca a andar… Eu estava especialmente radiante… Tinha acabado de conhecer pessoas com quem quero muito caminhar, ia caminhar com pessoas com um espirito fantástico e mais uma vez ia partilhar mais uma aventura com o Libelinha. Desta vez ia pisar com ele ao meu lado o chão que tantas vezes pisei em silêncio, que tantas vezes me acarinhou, que tantas vezes me enxaguo as lagrimas e tantas vezes me encheu de prazer e felicidade. Desta vez eu ia partilhar com ele as minhas emoções, ao vivo… E depois ia também mostras as aos meus colegas uns trilhos seculares, de uma beleza extraordinária que temos de os calcorrear para os manter… Tudo isso me encheu de felicidade…
Ribeiro Dola
Começamos a nossa ascensão com o entusiasmo que já me caracteriza, sorrisos, gargalhados, abraços e uma boa disposição capaz de contagiar qualquer pessoa. Fomos assim até Entre Caminho, porque chegando ali, ninguém fica insensível a paisagem fantástica que se depara a nossa frente… O Ribeiro Dola a cair em cascata, formando um lagoa a convidar para o banho, O Alto do Bezerral, os Cornos de Candela, Outeiro de Cervas e Compadre foram os primeiros a saudar-nos. Mais atrás as fragas de Brazalite e Espinheiro, a Fonte Fria, Lamelas Pico da Nevosa e até o Penedo da Saudade nos Carris acenavam a nossa frente… Fantástico!!!

Descemos até ao Curral da Biduiça onde o Victor e o António regalavam-se com as suas fotografias. O Libelinha também se rejubilava com o Ribeira da Biduiça que naquele dia exibia todo o seu esplendor com um caudal fantástico e umas pequenas cascatas que nos davam as boas vindas… O Álvaro ouvia atento, minhas explicações, pois queria muito conhecer aquela zona e eu queria muito divulgar os seus trilhos. Infelizmente eu acho que é a única maneira de manter esses trilhos VIVOS (abertos) e evitar assim o corta-mato… A Cristina mais discreta la ia apreciando do seu jeito a montanha. Caminhamos ao longo do Ribeiro da Biduiça sempre por trilho de Pastores muito bem mariolado mas muito pouco trilhado. Em certos sítios se a pessoa não souber, facilmente perde o trilho pois a vegetação muito alta esta a tomar conta do trilho. Na ligação da Corga de Lamelas, dei mais umas dicas ao Álvaro e apercebi me de mais um trilho/uma passagem direto para os Currais da Matança… Os pastores costumavam ter sempre trilhos/passagem mariolados para irem de Currais em currais e sempre da forma mais fácil possível… Um dia fazemos essa passagem!
Lamelas de Cima
Continuamos a seguir o trilho e as mariolas que eu já conhecia muito bem até a entrada das Negras. Ai a paisagem daquele vale é deslumbrante. O contraste da delicadeza dos currais das Negras, com a imponência da parede para os Carris lá em cima, é soberba… O Libelinha deliciou se com fotos e eu deliciei-me a observar a sua paixão pela serra que também é a minha… Uma felicidade enorme invadiu o meu ser, só de saber que ele estava ali, feliz, encantado da vida a apreciar a sensação de liberdade que aquela serra nos proporciona. Vê-lo a pular de pedra em pedra, livre, algo de rebelde e selvagem, abrindo os braços, abraçando a vida e de certa forma me abraçando também… é fantástico! Paramos ali para almoçar e continuamos até a Fonte da Nevosa, sempre por trilho de pé posto muito pouco mariolado, mas uma mariola ali e outra acolá não deixavam margens para duvidas que o trilho estava ali. Na Fonte da Nevosa antes de atravessar a corga viramos tudo a esquerda mas uma subidita e NEVEEEEEEE! Maravilhoso, pouquinha mas o suficiente para brincar um pouco e tirar umas fotos antes de atacar o cume.

Subimos pela brecha mais fácil, o flanco norte. La em cima é sempre a mesma emoção, fantástico! Meus colegas já la todos tinham ido, para a Cristina e o Libelinha foi a primeira vez. Registamos o momentos, uns abraços de satisfação e descemos pois o vente gélido não convidava nada ao descanso.
Garganta das Negras
Descemos por um trilho já bem conhecido até a Garganta das Negras. Descemos até aos currais das Negras pela garganta e ai S. Pedro achou que já bastava de bom tempo, afinal a caminhada tinha de ser abençoada. Apreçamos um pouco o passo mas sem grandes preocupações, embora a chuva por vezes mais parecia neves outras, granizo, nunca foi desagradável…Descemos pelos prados de Lamelas de Baixo para o Álvaro conhecer um pouco mais e para evitar a ida e volta pelo mesmo sítio, fazendo desta forma um trilho circular. Fui-lhe dando alguns pontos de referência se por ventura algum dia se desorientar mas com essas dicas duvido que isso aconteça… Descemos a corga de Lamelas até a Biduiça mas contornando Compadre do outro lado do rio. Atravessamos para o Curral da Biduiça e subimos… Fui ficando para trás, custa me sempre imenso o regresso. Fui-me despedindo da serra, fui lhe falando da minha outra paixão, senti a aprovação dela… Senti o seu carinho por ele… Senti que desta vez eu podia o levar para amontanha e que seriamos sempre bem-vindos e bem recebidos… Senti que aquele chão sagrado de hoje em diante não seria só meu, mas sim nosso… E acho isso fascinante!!!
Chegando ao Cimo da Corga da Abelheira, toca a conferenciar se íamos pelo mesmo caminho da ida e sou optávamos por descer a corga. Consultei o Libelinha, afinal ele já tinha subido aquela corga sabia perfeitamente o quanto é difícil subir, descer é bem pior… Maravilha! Ele não hesitou, “ vamos descer, vamos conhecer”. Tomou o comando da marcha e embora eu soubesse que a descer e de baixo de chuva fosse mais difícil fui atrás sem contestar… Vê-lo a descer aquela corga com uma segurança fora de vulgar, com toda a certeza que era por ali quando mal conhecia aquela descida, para mim foi maravilhoso vê lo caminhar a minha frente… Exalava toda a beleza que um “puro sangue” exala quando é avistado na serra em liberdade… Observei as vezes que ele parou para ver qual seria a melhor passagem, afinal a responsabilidade de quem vai a frente é grande, pois o grupo vai todo atrás. Ele conseguia ler a montanha e ver ao longe a melhor passagem… E recordei um pastor há alguns anos atrás que me falava em “ler a montanha” nunca olhar para o chão que a gente engana-se, mas olhar sempre em frente para a linha do horizonte, só assim se consegue ler a montanha e ela nos desvendar a melhor passagem… O Libelinha abordava a montanha tal como muitos pastores me ensinaram, de uma forma genuína…
Companheiros de aventuras
Chegamos aos carros um pouco molhados mas satisfeitos da vida… ainda perguntei ao António se ele estava bem. Um problema com a máquina fotográfica dele o impediu de tirar fotos já a meio do percurso. Para quem gosta de belas fotografias acredito que fique um pouco triste, mas de certeza que seus olhos vieram tão maravilhados como os nossos e depois o registo da nossa memória é a melhor fotografia…





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