domingo, 27 de julho de 2008

27-07-08 Fafião -Porto de Lage- Portas do Abelheiro- Alto de Palma- Cachadoiro- Pincães- Roca do Touro- Fafião

27 27-07-08 Fafão - Alto de Palma

Clicar na foto para ver o album

Jorge as tuas dicas foram valiosas e preciosas... Ou tenho faro ou a alma é mesmo de montanheira (montanhista)... Descobri a primeira nao houve dificuldade nenhuma em encontrar o trilho mas que ele esta bem disfarçado, ah isso esta!!! ( não é para qualquer um )

quinta-feira, 24 de julho de 2008

A cobardia do anonimato....

Recebi há um dia atrás um comentário de um cibernauta a dizer que de facto escrevo textos muito bonito “mas que até dói só de ver tantos erros “.

Pois bem aceito qualquer critica que seja negativa ou positiva…. Só não aceito criticas formuladas e escondidas por detrás de uma palavra que diz “ANONIMO”… Para mim, isso é cobardia. Cometo erros SIM, mas dou a cara e assino por baixo…

Também gostaria de dizer para quem não me conhece que a minha primeira língua não é o Português. Portugal é o pais que eu escolhi para viver e quanto à língua portuguesa aprendi a falar e escrever já na fase adulta e por mérito próprio, nunca ninguém me ensinou. Não estou aqui a querer justificar me mas simplesmente apelar a vossa compreensão e tolerância. Pois existem milhares de portugueses que frequentaram o ensino português e cometem muitos mais erros.

Quero deixar aqui o meu pedido de desculpas para “os olhos sensíveis” que eu tanto feri… não é essa a minha intenção.
E quero agradecer do fundo do coração as ALMAS SENSIVEIS, pois essas entenderam a essência do meu blogue.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

12/13-07-08 Lobios-Portela-Leonte-Mourô-Conho-Messe-Sabrosa-Portela com os Pegada & Bota


Clicar na foto para abrir o àlbum

13-07-08 Aguas Quentes-Leonte-Mourô-Conho-Messe-Sabrosa- com P&B



Bem para quem anda muitas vezes só, este fim-de-semana tinha 3 convites para caminhar. Optei pelo mais atractivo claro, e o mais atractivo é aquele que me permite desfrutar ao máximo da serra.
Aceitei portanto o convite dos Pegada & Bota… Encontramo – nos todos as 22h00 do dia 12 no Café Vidoeiro já a saída do Gerês. Não conhecia ninguém a não ser o Paulo com quem já tinha trocado alguns mails, mas foram necessários só breves instantes para travar conhecimento e sentir como se já conhecesse aquele pessoal há tempos.
Fomos logo, de imediato para Lobios para o famoso banho de meia-noite nas águas “calientes” de nossos “ermanos” espanhóis. Bom demais o Pinto trouxe um licor maravilhoso que nos foi adoçando a alma. As estrelas continuavam cintilantes no céu, a lua desta vez estava muito tímida. Em pouco tempo escondeu se por detrás de um monte e nunca mais voltou. Mas a boa disposição do Grupo e o “famoso” licor no meio daquele cenário tinha algo de muito mágico. Conversei com as estrelas, sussurrei ao ouvido da lua e confidenciei lhe meus segredos. Ouviu me e lentamente me foi envolvendo no seu manto… a noite… grande conselheira. A magia que eu senti naquele momento foi esplendida.
Passado hora e meia resolvemos procurar um local para pernoitar. Naquela imensidão foi fácil encontrar um local, depois de montar as tendas ainda comemos uns petiscos que a Patrícia e o companheiro trouxeram sem esquecer as iguarias que o Trio Tirsense nos presenteou. Recolhemo-nos cerca das 2h00, no dia seguinte tínhamos de levantar bem cedo.
Não demorei muito a adormecer, eu estava lá no seu leito, a paz reinava dentro de mim. O silencio foi se apoderando de mim, a noite foi me envolvendo, a lua foi me embalando e as estrelas eufóricas, brilhavam no firmamento tanto era o prazer de nossa união…

Dia 13, 7h00 toca a levantar, desmontamos as tendas e tomamos o pequeno-almoço. Não houve preguiçosos, todos levantaram com o sorriso nos lábios.

Iniciamos o nosso percurso na Portela de Leonte e fomos subindo até ao Prado do Mourô, percurso que, acho eu, já faço de olhos vendados. Chegando ao Prado tirei a foto de praxe junto a Mariola do UPB com o Paulo dos Pegada & Bota. Saudei-a e mais uma vez contribui para o seu aumento. Seguimos até à Freza seguido do Chã da Fonte, Lombo de Pau e Prado do Conho. Resolvemos recarregar as baterias nesse prado. Os homens trataram do churrasco, as mulheres apanharam banhos de sol. Repousamos longamente…e no cimo dum penedo ainda tive tempo para meditar, sentir o teu toque, ouvir a tua voz…e deliciar me com a plenitude…
Descemos até ao Ribeiro de Porto das vacas e Prados da Messe que estava repleto de vacas e bezerros. Infelizmente não podemos parar nesse prado porque um dos elementos tem fobia às vacas… pois é existe mesmo…eu vi. Subimos até
Lombo de Burro e descemos a tão teimosa Costa Sabrosa. Chegando a Mata da Albergaria o Pinto o Mário e eu fomos buscar os carros e recolher o pessoal que ficou na beira da estrada.

Acabamos o dia em volta de uma mesa no café Vidoeiro a comer uns petisco e a repor os líquidos… Um dia como este é o que eu chamo de “qualidade de vida…”

domingo, 6 de julho de 2008

06-07-08 Fafião-Porto de Lage-Rio Touça-Fichinhas-Mourisca-Meda de Rocalva-Alto de Ovo-Coucão-Bicos Alto-Carvalhosa-Pousada-Touro de Trigo-Pigarreira

Clicar na foto para ver o Album
Procurei castigar o corpo na expectativa de aliviar a alma… Que ilusão a minha…Como é possível castigar uma coisa para aliviar a outra…

Mas a minha caminhada solitária não foi em vão, nunca é… Comecei bem cedo 8h30 já estava em Fafião a tomar um cafezinho e por pernas ao caminho… Fui até Porto de Lage, caminho já percorrido há pouco tempo, sem grandes surpresas a não ser a tua imagem a cada lugar marcante. Chegando ao Porto de Lage parei, comi algo e descansei. Deitei me naquele manto que permanecia verde e fui ouvindo os seus conselhos sempre muito sensatos. Precisava muito do seu carinho, precisava de me sentir aconchegada, precisava sentir o seu calor, precisava de sentir o seu abraço forte e sentir me em segurança… Incrível como consigo me sentir tão segura e protegida no meio do nada… Ali sinto me em casa como se nada de ruim me pudesse acontecer, como se fosse a origem de tudo ou como se algo de incontrolável me puxasse para aquela serra.

Fui em direcção ao Carvalhal que há 4 semanas atrás chamava por mim, encontrei o trilho que me levou até as Fichinhas seguindo o Rio Touça…Deparei com pequenos Prados e carvalhais de uma beleza extrema quase paradisíaca, apetecia ficar lá e pernoitar na serra, mas nem saco-cama levava. Acho que foi a minha salvação senão teria pernoitado mesmo. Subi as Fichinhas em direcção a Mourisca e passei pela Meda da Rocalva. Chegando ai reconheci logo o Local já lá tinha passado com o UPB. Não havia trilho definido mas foi fácil descer aquela corga e ir em direcção ao Caucão. Passei como prometido pelo Alto de Ovos no seu sopé havia um pequeno prado lindíssimo ao qual prometi um dia regressar e namorar com mais tempo. Pois bem eu tinha o tempo todo do mundo deitei-me num rochedo e fiquei ali a sentir o sol a acariciar o meu corpo e lentamente foi aquecendo nossos corpos… deixaste me então tocar o teu corpo como se de uma cega se trata-se, e pude assim encontrar o caminho de teus lábios escondidos nas tuas gargantas. Deixaste me acariciar teu peito como se de um planalto se trata-se, e subindo e descendo cada monte, pode chegar aos prados de teu ventre ensolarados e húmidos. Encontrei ai, o Trilho que me levou até a fonte, entre os rochedos de tuas corgas para poder provar a tua água cristalina, pura…viva…
Deixaste-me então mergulhar nas tuas lagoas que fazem teu corpo dançar, fervilhante, quando lanço a rede de meus beijos, para recolher teus profundos suspiros entoados pela brisa, fazendo eco nos teus vales e entrando em êxtase…
Perdida na tua geografia que nunca me canso de estudar, faço fantásticas descobertas onde dormitam secretos vulcões que vou activando com o fervor de meus beijos para sentir dentro de mim, o fervor da vida, a correr…

Mas estava na hora de acordar e por pernas ao caminho. Depois de repor energias fui em direcção aos Bicos Altos, passei pela Cruz (nome de um local que me foi dito por um Pastor) desci até a Carvalhosa, de seguida Pousada, Chã Touro de Trigo sempre a descer, Ponte da Pigarreira e Fafião. Chegando a Fafião ainda tive tempo para uma bebida no Bar da Aldeia e conversar com dois residentes… muito interessante as historias deles e claro os trilhos que só eles conhecem e me foram revelando…Acabei em Fafião as 19h00 são e salva, tudo correu na perfeição sem surpresas, sem stress, sem medos… com alma muito mais leve e o sabor do prazer no canto dos labios...

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Fala-nos de AMOR !!!

- Quando o amor vos fizer sinal, segui-o; ainda que os seus caminhos sejam duros e difíceis.
E quando as suas asas vos envolverem, entregai-vos; ainda que a espada escondida na sua plumagem vos possa ferir.
E quando vos falar, acreditai nele; apesar de a sua voz poder quebrar os vossos sonhos como o vento norte ao sacudir os jardins.
Porque assim como o vosso amor vos engrandece, também deve crucificar-vos
E assim como se eleva à vossa altura e acaricia os ramos mais frágeis que tremem ao sol, também penetrará até às raízes sacudindo o seu apego à terra.
Como braçadas de trigo vos leva.
Malha-vos até ficardes nus.
Passa-vos pelo crivo para vos livrar do joio.
Mói-vos até à brancura.
Amassa-vos até ficardes maleáveis.
Então entrega-vos ao seu fogo, para poderdes ser o pão sagrado no festim de Deus.
Tudo isto vos fará o amor, para poderdes conhecer os segredos do vosso coração, e por este conhecimento vos tornardes o coração da Vida.
Mas, se no vosso medo, buscais apenas a paz do amor, o prazer do amor, então mais vale cobrir a nudez e sair do campo do amor, a caminho do mundo sem estações, onde podereis rir, mas nunca todos os vossos risos, e chorar, mas nunca todas as vossas lágrimas.
O amor só dá de si mesmo,e só recebe de si mesmo.
O amor não possui nem quer ser possuído.
Porque o amor basta ao amor.
E não penseis que podeis guiar o curso do amor; porque o amor, se vos escolher, marcará ele o vosso curso.
O amor não tem outro desejo senão consumar-se.
Mas se amarem e tiverem desejos, deverão se estes: Fundir-se e ser um regato corrente a cantar a sua melodia à noite.
Conhecer a dor da excessiva ternura.
Ser ferido pela própria inteligência do amor, e sangrar de bom grado e alegremente.
Acordar de manhã com o coração cheio e agradecer outro dia de amor.
Descansar ao meio dia e meditar no êxtase do amor.
Voltar a casa ao crepúsculo e adormecer tendo no coração uma prece pelo bem amado, e na boca, um canto de louvor.

Khalil Gibran