01-12-09 Mata da Malhadoura

6h30 da manhã já eu estava no carro em direcção ao Gerês ia ter com uns amigos. Chovia mas nem a chuva me deteve… Cheguei a vila e reunimo-nos, o tempo não estava nada bom, muita chuva, muito nevoeiro. Tomamos o pequeno-almoço e esperamos na expectativa que o tempo melhorasse. Cerca das 10h30 resolvemos abortar a caminhada não havia maneira do tempo melhorar. No regresso, a serra desta vez não chamava por mim… Desta vez a serra berrava por mim… Senti que ela queria que eu ficasse… Ouvia o seu apelo melhor do que nunca… Não podia regressar assim depois de estar lá…

Fui rumo a Mata da Malhadoura mais precisamente no Sobreiral da Malhadoura, sabia que lá havia alguns trilho para explorar um pouco mais… As probabilidade de encontrar alguém eram muito poucas a não ser algum residente…Conforme ia andando e pela primeira vez senti com plena consciência que a serra se sentia orgulhosa de mim… e honrada com a minha presença.
Conforme ia entrando naquela mata e as paisagens se revelando sucessivamente a minha frente,uma sensação de prazer e bem-estar me ia invadindo… Era ali mesmo que eu queria estar naquele momento… Sinto te sempre tão presente quando estou lá… Sabia, sei que ali estou contigo…Senti me relaxar nos teus braços… Senti o prazer do cansaço… Deliciei-me com o teu sorriso… Ouvi tuas palavras doces… Senti teus beijos, doces, delicados na minha pele… Ouvi o sussurrar de palavras encantadoras… e quis te abraçar, acarinhar…. Estender sobre ti a minha paz e meu amor….

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Loucura??? Inconsciência??? Não nada disso…Sonhadora romântica! Talvez… Não era nem mais nem menos do que o relaxar na sombra dos teus ramos, o prazer do cansaço ao fim de uma bela caminhada, o sorriso que se sente com o deslumbramento de uma bela paisagem, as palavras/som do vento a fustigar as arvores, beijos doces delicados que não eram nem mais nem menos do que a chuva a acariciar me o rosto… e um rio que continua a sussurrar a mais bela de todas as sinfonias… Abracei a serra e despedi me até ao próximo reencontro…