Não deixes que eu adormeça sem te beijar, que e luz da tarde se vá, sem que eu ouça o murmúrio das folhas, e a noite estrelada seja minha guardiã de luz e silencio, não me deixes, não te vás sem que primeiro eu ponha o azul do céu no olhar, não digas palavras vãs para meu consolo, grita comigo esta inconformada existência de aventureiro em demanda da explicação da Natureza, da beleza e das suas rudes formas de pedra e agua, não permitas que meus lábios guardem só para si o vento, como as flores da clareira que não sentem a brisa da tarde, não anoiteças antes que eu erga as mãos como uma taça elevada ao céu onde nossos nomes são dados a eternidade, e tudo se venha a consumar em felicidade e no canto dos pássaros, ao longe...
"Luís Vendeirinho"
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